O estilo dos anos 60 foi uma continuação do que aconteceu nos anos 50. Na década anterior, o uso de chapéus começou a cair em desuso, especialmente entre os mais jovens. E ficou um pouco mais restrito às mulheres mais maduras e também às mais ricas, como algo pertencente à alta costura. O chapéu também vai sendo, cada vez mais, relegado às ocasiões especiais (como é ainda hoje).
Nos anos 60, essa situação não muda muito. Os chapéus continuam a ser mais usados por mulheres mais maduras e também mulheres mais ricas, associados à alta costura. Os modelos da década anterior estão ainda presentes.
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Modelos da década de 50 ainda eram usados |
Com o surgimento do movimento hippie, muitos modelos de chapéus aparecem associados aos estilos hippie e boho, e às ideias de contracultura. Um dos destaques foi o Floppy, que se popularizou.
Todos os modelos usados nos anos 50 e 60 são usados ainda hoje.
Na década de 70, o uso de chapéus do estilo hippie e boho se mantém. E cada vez mais o chapéu passa a ser usado por fins utilitários (aquecer a cabeça no frio, proteger do sol, do vento e da chuva). Mesmo as mulheres mais maduras e mais ricas começam a usar menos o chapéu para fins de status, mesmo os modelos associados à alta costura. Eles acabam sendo mais deixados para ocasiões especiais, como por exemplo festas e casamentos. E continuam, é claro, existindo em eventos e solenidades da família real britânica.
Os Chapéus da Alta Costura
As grandes maisons
criadas por grandes costureiros – e consolidadas como marcas – como Chanel, Yves
Saint Laurent e Christian Dior, continuam trazendo chapéus em seus desfile e
coleções. Isso se mantém ao longo de toda a década de 60. Continuam presentes
nessa moda de alta costura os mesmos chapéus dos anos 50, em especial os
relacionados ao New Look: o Mushroom, o Lampshade Hat, o Cartwheel.
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Mushroom e Cartwheel: ainda presentes na Alta Costura |
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Lampshade hat: ainda em alta. |
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Cloches dos anos 60 |
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Cloches dos anos 70 |
O Pillbox continua ícone de estilo, principalmente por influência de Jackie Kennedy. Nos anos 60, os de tamanho mini já estão em baixa. Os mais populares são os maiores, e muitas vezes até com copas mais altas. Nos anos 70, eles praticamente já não são mais vistos, a não ser no uniforme de aeromoças.
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O Pillbox continua ícone de estilo por causa de Jackie Kennedy |
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Pillbox dos anos 60: copa mais alta |
Os turbantes ainda são usados, mas não mais com a mesma popularidade.
Muitas mulheres mais velhas, mesmo as que não eram ricas, ainda tinham o costume de usar chapéu na igreja. Isso era muito comum na comunidade negra, durante os anos 60. Nos anos 70, isso já deixa de ser visto com a frequência das décadas anteriores.
Os Chapéus da Contra Cultura
Nos anos 60, os mais jovens, de um modo geral, não tinham mais o hábito de usar chapéus. Com exceção dos que se engajavam em movimentos de contracultura. Nessa década, o movimento Beatnik traz de volta as boinas de modelo Beret, que foram popularizadas pela modelo Twiggy. Alguns modelos de Beret e Tam Hat também chegaram a ter alguma associação a movimentos de esquerda, em alguns momentos, devido à associação com o guerrilheiro Che Guevara. Esses modelos tinham um estilo um pouco mais próximo de chapéus mais militares, como os usados por esquadrões especiais. Nos anos 70, muitos modelos de Beret e Tam Hat aparecem também em tricô e crochet.
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O movimento Beatnik trouxe a Beret de volta à moda nos anos 60 |
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Tam hats dos anos 60 |
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As boinas, em alguns momentos, também ficaram associadas a movimentos de esquerda e guerrilheiros como Che Guevara. |
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Boinas de tricô e crochet eram muito usadas nos anos 70 |
O movimento hippie,
surgido nos anos 60 e ainda muito popular nos anos 70, também teve alguns
modelos de chapéus associados a ele. O Floppy,
popularizado pela Atriz Faye Dunaway, era um deles, sendo até hoje associado ao
estilo Boho. Geralmente era feito de
feltro, e usado com cabelos longos e soltos. Nesse contexto, também é possível
ver o Cartwheel, mas apenas
consolidado como chapéu de sol, usado na praia, como vinha acontecendo nos anos
50. Esses chapéus de sol eram sempre feitos de palha ou material trançado
semelhante. Também havia variações dele com ondulações na aba, como Floppy de sol.
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Faye Dunaway e Brigitte Bardot usando o Floppy |
O gorro de lã também aparece como um modelo de chapéu hippie, em tricô ou crochê. O Cloche também teve sua versão Hippie e Boho, sendo usado pelas jovens de forma confortável e despretensiosa. As boinas estilo NewsBoy Hat também aparecem remodeladas, como uma espécie de híbrido entre esse modelo tradicional e o Tam Hat. A copa era igual à do Tam Hat, mas com a aba do NewsBoy Hat. Esses chapéus eram chamados de Cabby Hat, e foram muito populares nos anos 70.
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Cabby Hats: muito populares nos anos 70 |
Todos os chapéus associados ao Boho e o movimento hippie eram simples e confortáveis. Eram pouco enfeitados, ou muitas vezes nem tinham enfeites.
O movimento hippie também trouxe a esse estilo outros acessórios como: coroas de flores, bandanas, e headbands de variados modelos. Geralmente as headbands eram de materiais naturais, como couro, camurça ou mesmo de correntes ao estilo medieval. Algumas eram muito simples, com tiras trançadas, e outras apareciam também enfeitadas com flores. A bandana foi muito popularizada pelo cantor Jimmy Hendrix.
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Headbands e coroas de flores eram populares no movimento hippie |
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A cantora Janis Joplin usando bandana hippie |
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