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A flor no cabelo é um ícone da cultura pin up. Nem todo mundo
sabe, mas ela também já era usada na Era Vitoriana. Mas um século antes, ela já
dava o ar de sua graça, e desde então, tem aparecido em diferentes tipos de penteado,
evocando um ar de feminilidade.
Já no século XVIII, na Era do Rococó, as mulheres nobres
usavam penteados extravagantes com flores. Por volta da década de 1760, os
cabelos das mulheres começam a se elevar em um topete altíssimo, inspirado no
estilo da Madame de Pompadour. Esses
penteados, que costumavam ser feitos em cabelos empoados com farinha de trigo
(e por isso ficavam brancos), também eram chamados de Fontage. Eram decorados com muitas plumas e com flores. Vêm daí os
fascinators de plumas.
Penteados do século XVIII, da Era Rococó.
Penteados do século XVIII,
Penteado do filme "Maria Antonieta".
Penteados da Espanha no século XVIII.
Penteado do século XVIII.
Na Era georgiana, entre o período Neoclássico e o romântico
(1800-1820), os penteados são elaborados, mas em volume muito menor do que no
período rococó. As flores continuam enfeitando os penteados, quando as mulheres
não estão usando chapéus, o que continuaria no período seguinte.
Penteados da Era Georgiana, início do século XIX.
A flor continua presente na Era Romântica, início do século
XIX. Nessa época, a moda era uma releitura do medieval, mas de forma
romantizada, com cintura império, corsets e mangas bufantes. O acessório mais
usado na cabeça era o chapéu de aba larga ou o bonnet (geralmente enfeitados
com muitas flores), especialmente durante o dia. Mas as flores e as plumas
continuavam adornando os penteados á noite.
Penteados da Era Romântica.
Flores e chapéu na Era Romântica.
Na Era Vitoriana, os trajes de noite eram acompanhados de
penteados volumosos com muitos cachos, e enfeitados com fascinators de plumas e
com flores. O penteado era considerado algo muito importante. Mulheres deviam
usar penteados da moda da época, e nunca deixar os cabelos soltos. Cabelos
soltos eram vistos como sinônimo de desleixo e a mulher seria vista como alguém
não respeitável. As mulheres costumavam umedecer os cabelos com açúcar para
depois torcê-los, amarrá-los e enrolá-los com trapos de tecido durante a noite.
No período Belle Époque, o mais comum é o uso dos chapéus,
tanto os mini chapéus da Era Vitoriana quanto chapéus de aba larga enfeitados
com muitas flores, no estilo conhecido como Merry Widow Hat. A flor já não é
tão usada e nem tão comum, mas ainda é usada para enfeitar coques. Nos anos 20,
a flor no cabelo e os penteados com flor também não aparecem muito, já que a
moda era cobrir a testa, com chapéus como o típico cloche, headbands, solidéus
e até mesmo chapéus de aba larga.
Belle Époque: flores enfeitando coque.
Nos anos 30, época de crise econômica, e quando começa o
período que caracteriza a cultura pin up (entre os anos 30 e 50), a flor no
cabelo começa a reaparecer. Mas ela faz sucesso mesmo é nos anos 40.
Com a Segunda Guerra Mundial, faltavam materiais e insumos.
Além disso, as mulheres usavam cabelos mais compridos por causa da falta de mão
de obra de cabeleireiros. Com isso, os cabelos simples ganham adornos como
chapéus (principalmente em tamanho mini, como na Era Vitoriana e nos anos 30),
voilettes e flores. As flores eram um enfeite acessível. Não era difícil de
comprar ou mesmo de confeccionar com sobras de tecido em casa. Além disso, era uma
forma fácil e rápida de deixar o cabelo simples incrementado, em diferentes
tipos de penteados. As flores no cabelo, aliás, revelaram toda uma nova forma de fazer penteados.O mais comum deles
era o Victory Rolls.
Flores: muito populares nos anos 40.
Muitas mulheres, na época, usavam a flor do cabelo combinando
com o broche de flor, ícone de estilo dos anos 40. Mesmo em eventos de traje
formal. Eram usados os mais diferentes modelos, como por exemplo gardênias,
rosas e narcisos. Algumas vezes, elas vinham acompanhadas de plumas.
Nos anos 50, surge o New
Look, e assim, a moda fica mais sofisticada, e isso se reflete no uso dos
chapéus. Eles eram sofisticados, e muitas vezes adornados com flores. Apesar de
a flor no cabelo não ser o destaque desta década, ainda assim ela não
desapareceu, e é até hoje um ícone da cultura pin up, que compreende o período
entre os anos 30 e 50.
Gostou? Confira tutoriais fáceis para usar sua flor no
cabelo:
Tem gente por aí dizendo que homens também podem aderir ao
estilo pin up. Será que isso é verdade? Será que existe mesmo homem pin up?
Para começarmos a debater este assunto, assista ao vídeo que eu preparei sobre
ele:
Agora que você já viu o vídeo e já esclarecemos alguns pontos
importantes, podemos falar sobre os Beefcakes...
Os Beefcakes
O beefcake (que em
inglês significa, na tradução literal, “bolo de carne”) é o conceito masculino
mais próximo de um homem considerado sexy. Por isso é muitas vezes considerado
a versão masculina da pin up. Ele existiu tanto na forma de ilustrações (assim
como as pin ups) como em fotografias. As ilustrações eram menos comuns do que
as fotos; e de um modo geral, o beefcake sempre teve um espaço muito menor do
que a pin up. É claro que conta muito o fato de vivermos em uma sociedade
machista, onde a mulher - e não o homem – é vista como objeto passivo de
admiração e consumo.
O termo era frequentemente associado à nudez ou semi nudez
masculina (muitas vezes um homem sem camisa poderia se enquadrar aqui), ou
mesmo a halterofilismo e culto ao corpo. Mas era sempre visto como algo
másculo.
As ilustrações foram muito utilizadas em peças publicitárias,
como as das marcas Jantzen e Catalina. Elas também apareciam em revistas “Pulp”
de aventura, que algumas vezes traziam calendários, como os da artista clássica
Joyce Ballantyne, conhecida por trabalhar com ilustrações pin up e beefcake. Vaughan
Bass, outro artista conhecido por seu trabalho com ilustrações pin up também
fazia ilustrações de lutadores e fisiculturistas dos anos 50.
À esquerda, calendário Beefcake, e à direita, propaganda da marca Jantzen.
Ilustrações beefcake de lutadores dos anos 50.
Já as fotos de beefcake tinham como modelos muitos galãs de
cinema. Isso começa já nos anos 20, com atores de Hollywood como Rudolph
Valentino e Ramon Novarro. Durante um tempo, era mais comum ver a figura do
beefcake sem camisa em filmes como “Tarzan”, ou em cenas de selva, de um modo
geral, e nesse caso se destacam os atores John Weissmuller (de Tarzan) e Buster
Crabbe.
Rudolph Valentino e Ramon Novarro: galãs do cinema que se transformaram em beefcakes nos anos 20.
O Tarzan John Weissmuller (de Tarzan) e Buster
Crabbe.
Nos anos 40, aparecem mais cenas de atores sem camisa, e
dentre eles, Tyrone Power, Guy Madison, Sterling Hayden e Victor Mature. Nos
anos 50, as revistas começam a retratar homens em trajes de banho, como Tony
Curtis, Rock Hudson, Tab Hunter, Jeff Chandler, Robert Conrade, Robert Wagner, juntamente
com as atrizes da época. Ainda nesta década, se popularizam as revistas de
fisiculturismo, com o surgimento de atores musculosos que faziam aparições em
filmes, como Steve Reeves, fisiculturista premiado como Mr. Universo e Mr.
América.
Anos 40: Tyrone Power, Guy Madison, Sterling Hayden
Anos 50: Tony
Curtis, Rock Hudson, Tab Hunter
Nos anos 50, surgem as revistas de fisiculturismo.
O Mr. Universo Steve Reeves.
Outros atores também posaram para fotos beefcake, como por
exemplo: Errol Flynn, Robert Taylor, John Payne, Jeffrey Hunter, Rory Calhoun,
Peter Lupus, Rod Taylor, Elvis Presley, Marlon Brando (um dos mais cobiçados de
seu tempo), Clark Gable e Paul Newman.
Errol Flyn, Rod Taylor e John Payne.
Jeffrey Hunter, Elvis Presley e Paul Newman.
Marlon Brando e Clark Gable.
As fotos beefcakes continuaram existindo nos anos 60, 70 e
80, especialmente para erotizar propagandas. Ainda nos anos 80, surge a revista
“Playgirl”, com a proposta de
publicar fotos de homens em nudez total.
Como eu já falei no vídeo, vale sempre lembrar: a figura do
beefcake nunca foi associada à do homem de estilo retrô!
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