O ano está acabando, e eu e a Madame Vintage queremos te desejar um Feliz Natal e um Ano Novo maravilhoso! Até o ano que vem! No próximo ano, eu venho com mais novidades.
Existem alguns modelos de chapéus masculinos que ganharam
versões femininas, e acabaram fazendo sucesso, especialmente nos anos 30 e 40. Na
maioria das vezes, as versões femininas eram ligeiramente menores do que as dos
homens. Isso acontecia porque o que é pequeno e delicado é visto como sinônimo
de feminilidade. Então o feminino deveria ser mais “delicado”, e
consequentemente menor. Confira alguns desses modelos que ganharam versão
feminina e fizeram sucesso.
Chapéu Sailor
É uma versão feminina do chapéu masculino conhecido como Boater. O boater era um modelo, geralmente feito de palha, que surgiu no
século XIX, e fez muito sucesso nos Anos 20.
O Boater fez muito sucesso nos Anos 20.
A versão feminina do boater
é normalmente chamada de sailor hat
(não confundir com o sailor cap,
chapéu usado por marinheiros). O sailor também era usado desde a era vitoriana,
assim como o boater. Tem adornos
femininos, como laços, fitas e flores. Também foi usado nos anos 30 e 40.
O Sailor Hat também foi muito usado nos anos 30 e 40.
Fedora
O termo é usado desde 1891. O chapéu surgiu com a peça de
teatro "Fédora", do dramaturgo Victorien Sardou. A personagem da
princesa Fédora Romazov usava o modelo de chapéu que posteriormente ficaria
conhecido como "Fedora". Na época, o movimento feminista adotou o
como um símbolo, o que fez com que tivesse alguma popularidade com as mulheres.
Em 1924, o Fedora se torna um chapéu masculino, depois de ser
usado pelo príncipe Edward, de Gales. Era usado para proteger a cabeça do vento
e do frio. O chapéu ficou associado à figura de gângsters.
Ele foi muito usado por homens entre os anos 20 e 60,
inclusive usado por greasers nos anos 50. Nos anos 30 e 40, ganhou uma versão
feminina, em modelos ligeiramente menores do que os usados por homens.
Trilby
Um modelo de Fedora com a aba de tamanho maior. Também muito
usado por homens entre os anos 20 e 50. E também teve versões femininas, com
modelos ligeiramente menores do que os dos homens.
Chapéu Panamá
Muito parecido com o Fedora, e muitas vezes considerado uma
variação dele. É um modelo tropical, feito de palha. Originário do Equador, fez
muito sucesso na América Latina. No Brasil, ficou associado à figura do
malandro. O termo Panamá começou a ser usado em 1834, e sua popularidade
cresceu a partir da segunda metade do século XIX.
Originalmente um modelo masculino, ele é muito usado nos dias
de hoje, por homens e mulheres, muitas das vezes com trajes de banho.
Homburg
Modelo de chapéu masculino, surgido em 1882. O nome surgiu
com a visita do rei Edward VII a Hamburgo, região da Alemanha. Na ocasião, ele
usava um chapéu deste modelo. Alguns dizem que Edward se inspirou em um modelo
de chapéu de caça do Kaiser Wilhem. Nos anos 30 e 40, ganhou também versões
femininas, com modelos ligeiramente menores do que os usados pelos homens.
Bowler (Coco)
Também conhecido como chapéu "Coco" ou Derby (não
confundir com o chapéu para Turfe), ficou imortalizado por Charlie Chaplin.
Originalmente masculino, tem copa redonda e aba curta, normalmente curvada.
O Bowler ficou imortalizado por Charles Chaplin.
Surgiu em 1849, e ganhou o nome de seus criadores Thomas e
William Bowler. Foi muito popular com a classe trabalhadora durante o século
XIX, na Inglaterra, na Irlanda e nos EUA. Mais tarde, também ganhou
popularidade entre as classes mais altas.
A partir do início do século XX, o bowler passa a ser usado por empresários ligados ao ramo
financeiro. Após a Primeira Guerra Mundial, o coco passou a ser aceito como substituto da cartola em ocasiões
formais. Até os anos 50 e 60, ainda era associado a homens de negócios em
Londres.
Nos anos 30 e 40, o Bowler
ganhou versões femininas. Ele é usado por mulheres ainda hoje.
A cholita é uma
versão boliviana, muito parecida com o coco
e faz parte do traje típico das mulheres. O modelo foi introduzido no país por
trabalhadores ferroviários britânicos.
Boina Tam Hat
O Tam Hat é uma
variação de um chapéu escocês, uma versão feminina do Tam o'Shanter. Pode ser feita de materiais diversos, como tricot,
crochet, feltro ou outros tecidos. Fez muito sucesso nos anos 20 e 30.
Boina Newsboy Hat
O Newsboy Hat era
muito popular na Europa e nos Estados Unidos no século XIX. Predominantemente
masculino, era um modelo popular entre meninos e homens adultos, e associado à
classe trabalhadora. O chapéu ganhou este nome porque ficou associado aos
jornaleiros, por ser muito usado por meninos que trabalhavam entregando jornal.
E significa justamente "chapéu de jornaleiro". Mas era usado por toda
a classe trabalhadora.
Nos anos 40, foi um modelo muito usado também pelas mulheres.
Cartola
Modelo masculino, usado desde a metade do século XVIII até
meados do século XX. É associada à imagem de banqueiros, capitalistas e homens
de negócios de alta classe social.
A cartola descende diretamente de um chapéu do século XVI,
chamado Sugarloaf Hat, usado por homens e mulheres. Foi inventado por Geaorge
Dunnage, em 1793, apesar de ser atribuído falsamente a John Hetherington.
Muito popular no século XIX, era usada especialmente pelas
classes mais altas, e muitas vezes associada ao sucesso do homem de negócios (o
formato lembra o de uma chaminé), apesar de ser usada também por homens da
classe trabalhadora, em versões mais simples e de copas mais baixas. As copas
mais altas normalmente eram usadas por homens de classes mais altas.
Até a Primeira Guerra Mundial, ainda era um chapéu dos homens
das classes mais altas, tanto para o dia quanto para a noite.
A partir da Segunda Guerra, a cartola já se torna quase uma
raridade, mas ainda assim usada com alguma frequência em certos círculos
sociais.
Nos dias de hoje, ainda é usada em eventos relacionados à
família real e no Royal Ascot (competição
de turfe). Ainda é usada também em eventos que pedem código de vestimenta White tie.
Atualmente, a cartola costuma estar relacionada à cultura
steam punk. O uso de cartola por mulheres também está associado ao estilo
burlesco.
Nos anos 40, eram usadas versões femininas da cartola em
tamanho mini, inspiradas nos chapéus de montaria vitorianos, conhecidos como
"Riding Hats".
As cartolas em tamanho mini eram chamadas de "Riding Hats"
Gostou de conhecer estes modelos de chapéus? Confira alguns
deles, em versões femininas no site: www.madamevintage.com.br
Tenho visto várias pessoas - inclusive clientes minhas - que parecem ter vergonha de enfeitar a cabeça, e perguntam se os acessórios não poderiam ser menores. Resolvi gravar esse video falando um pouco sobre o assunto.
Aproveite e clique aqui para se inscrever no nosso canal do Youtube!
Tem novidade na Madame! Chapéus estilo anos 30 e 40, em diferentes modelos: Fedora, Homburg, Bowler e Trilby! Corre lá pra ver! Clique aqui e confira os chapéus na loja.
Clique na imagem para ampliar.
Nesse video eu te mostro todos os chapéus novos e falo um pouquinho sobre cada modelo:
Em breve, mais novidades, mais videos e posts no blog! Um beijão e até lá! ♥